sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Angustia


Hoje
Sinto-me
Na inércia da vida.
Neste instante
Descompassado
De angustia e solidão.
Vejo meus sonhos
Despencarem no abismo
Sem fim deste momento.
Sinto fugir-me o alento
Percebo minhas esperanças
Destroçadas como se fossem
Nada. Como se alguma
Coisa sem valor
Ardesse na crepitante
Fogueira do desespero
Da qual nem as cinzas
Fazem sentidos.
Mergulho
No vazio lúgubre das trevas.
Minha alma desencontrada
Grita na imensidão
Do espaço teu nome.
Meu clamor a cada
Segundo mais acelerado
Ecoa pôr labirintos
Intermináveis, desencontrados.
Nesta agonia sem fim
Deste derradeiro instante
Sinto-me perdido.
Grito pôr você mais vezes
E a minha saudade entristecida
Responde-me
Não adianta gritares
Ela
Não te escuta!

Todos os direitos reservados ao autor.
Nilópolis, 23/10/96.
Publicado em: 22/08/2007 09:01:11
Última alteração:22/08/2007 09:30:06



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